Minas Gerais trabalha reposicionamento turístico nacional e internacional

De acordo com Marina Simião, subsecretária de Turismo, o estado conta com planos abrangentes de três fases de atração turística

Por Felipe Lima - 2 de outubro de 2020

A retomada vem sendo percebida por diversos destinos. E com Minas Gerais não poderia ser diferente. O estado, conhecido por ter o maior número de municípios no Brasil, aproveita a tendência do turismo regional para atrair visitantes e reposicionar-se no mercado, com aposta em ecoturismo, turismo de aventura, gastronômico, cultural e histórico.

De acordo com Marina Simião, subsecretária de Turismo da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, a resiliência do brasileiro também é um fator que corrobora com essa retomada e com o avanço turístico do estado, bem como a contínua parceria com o mercado e com órgãos públicos.

“Leônidas Oliveira, secretário de Turismo e Cultura, chegou no final de maio e estudo como seria esse retorno, atento sempre às tendências. Foi visto que o turismo de proximidade era a aposta dos viajantes e foi pensando nisso que foi desenhado uma proposta de retomada, já de olho na movimentação turísticas e no reposicionamento do estado no setor nos mercados nacionais e internacionais”, declarou Marina.

De acordo com Marina, o plano contempla três fase. O primeiro é pautado pela tendência de viagens mais curtas e regionais, chamado Minas para Minas. “É o turismo de proximidade e incentivo aos próprios mineiros conhecerem o estado, redescobrir o território. Este é um trabalho que estamos fazendo desde agosto e vem mais forte em setembro”, comenta a subsecretária, reforçando que o estado ganha destaque como um dos dez destinos que voltaram a crescer.

A segunda fase, marcada para iniciar no dia da celebração dos 300 anos da capitania de São Paulo e Minas Gerais, no dia 2 de dezembro, é chamada Minas para o Brasil. Esta é uma fase mais pautada na oferta turística disponível no estado, reforçando alguns dos carros-chefes do destino, como ecoturismo, turismo de aventura, religioso, gastronômico e cultura.

“Tivemos um crescimento de praticantes de ecoturismo e turismo de aventura, como cicloturismo e mountain bike. E, sabendo desta tendência, a nossa ideia é passar por ações de restruturação e de políticas públicas”, adianta Marina, que também garante que o sucesso do estado em combater a covid-19. “Somos um dos estados reconhecidos por lidar com a doença. Não tivemos surto”, se orgulha.

A terceira e última fase é o Minas para o Mundo, que envolve a abertura de fronteiras e a efetiva promoção do estado para com mercados internacionais. E, para isso, o reaquecimento do mercado é essencial. De junho para agosto, por exemplo, houve um crescimento de 150,5% no número de pousos, conforme demonstra o Observatório de Turismo de Minas Gerais.

Minas Gerais

“Retornamos com algumas operações internacionais com a TAP e a Azul, por exemplo, e vem sentindo, de fato, essa retomada. Estamos falando do aeroporto de Confins, considerado um dos melhores, com certificações de segurança completa. E nosso trabalho não parou. Continuamos com o contato com entidades e órgãos públicos e atuando na captação de novos voos”, comenta a subsecretária.

Todo esse processo de retomada não é nada sem a parceria com o mercado, conforme reforça Marina. Segundo a profissional, há uma conversa muito próximo como trade como um todo desde o começo da pandemia. “A Abav Collab está sendo uma oportunidade para alinharmos ainda mais essa conversa. Também contamos com a Abav-MG, que se torna um elo dessa comunicação. Também estamos atentos a comunicação com o receptivo, auxiliando-os na formatação de novos roteiros”, comenta.

Minas Gerais: lições que vieram pra ficar

Marina entende que, apesar das dificuldades, o período de crise proporcionou alguns ensinamentos para o mercado. Ao todo, ela lista quatro principais. São eles:

  • Entender que é necessário atuar de forma parceira e que ninguém faz nada sozinho. “É preciso de um trade parceiro, entendendo como pode compartilhar e trazer boas ideias e experiências, entendo que esse trabalho em conjunto não é só para o Turismo, mas na vida no geral”, comenta
  • Compreensão mais clara da importância do Turismo na economia. “Se as pessoas tinham dúvida do setor, isso agora caiu por terra. Ninguém mais tem dúvida do nosso impacto financeiro. Quem não tinha essa leitura conseguiu ver e conhecer melhor o nosso mercado”, diz.
  • A tecnologia se tornou uma verdadeira aliada do mercado. “Obviamente que nada substitui o in loco, mas o turista agora tem a informação na mão dele e quem não disponibilizar isso de forma clara e fácil vai estar perdendo. A gente viu o boom que foi agora e os destinos devem compreendem que o digital é uma parceira, não uma vilã”, complementa.
  • A falta de liberdade fez com que, de modo geral, o público valorizasse ainda mais o seu ir e vir. “A liberdade de conhecer lugares diferentes, de conhecer pessoas, culturas, modos de vida, paisagens e geografias. Eu acho que o Turismo é a possibilidade de encontro, e não só uma atividade supérflua”, completa.

“Espero que a gente não deixe tudo isso cair no esquecimento. Literalmente tem muito para descobrir e redescobrir em Minas Gerais, como o turismo de aventura, a gastronomias, boas oportunidades, produtos e coisas lindas para mostrar para quem ainda não teve oportunidade de conhecer. Quem vem, vai se encantar. Quem já veio, vai redescobrir uma nova Minas Gerais”, conclui Marina.

Tirado do site: brasilturis.com.br

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